Projetos

A APCC viu ser-lhe atribuída uma acreditação no domínio da educação de adultos, válida até final de 2027. A Associação foi mesmo a entidade portuguesa mais bem pontuada, na avaliação levada a cabo pela Agência Nacional Erasmus+ Educação e Formação para o domínio em causa, obtendo 96 pontos em 100 possíveis. Esta certificação atesta que foi criado, enquadrado num esforço mais vasto de desenvolvimento da instituição, um plano para realizar atividades de mobilidade de elevada qualidade e permite beneficiar de financiamento no âmbito da mobilidade individual para fins de aprendizagem.

Na prática, esta acreditação permite aceder a oportunidades de desenvolvimento profissional e pessoal dirigidas a colaboradores das mais variadas áreas, dando assim continuidade ao esforço de valorização dos recursos humanos na APCC e de melhoria dos serviços prestados aos utentes e suas famílias. E, entre outros benefícios, a garantia de um financiamento estável ao longo do tempo de vigência da acreditação possibilita ainda experimentar novas tipologias de atividades ou de colaboração com novas organizações parceiras.

Depois de uma reunião transnacional em Coimbra, em novembro do ano passado, os parceiros da iniciativa “Change 2 Regard” voltaram a encontrar-se, em mais uma oportunidade de troca de ideias e reflexões em torno do tema central daquele projeto europeu: o papel da inclusão social no acesso à prática musical, à formação e ao vínculo social. Entre os dias 25 e 30 de abril, técnicos e pessoas com deficiência de Portugal, França e Bélgica marcaram presença em Bruxelas, para um diversificado conjunto de ações.

A APCC fez-se representar por um grupo que incluía três profissionais, um utente (todos envolvidos, em diferentes funções, no trabalho realizado na Associação no domínio das artes) e dois elementos ligados ao Conservatório de Música de Coimbra – um dos sete parceiros associados do projeto, que tem como parceiros principais a APCC, a Nos Pilifs (Bélgica) e o Collectif T’Cap (França).

Um grupo de 15 profissionais de diversas organizações turcas, ligados ao trabalho no setor da deficiência, estiveram esta semana em Coimbra para uma visita de estudo à APCC, que os levou a conhecer as estratégias desenvolvidas na instituição – em áreas como a reabilitação, capacitação, formação profissional, emprego, educação, vida independente, unidades residenciais e outras – com o objetivo de perceber as dinâmicas que se estabelecem entre a operacionalização quotidiana daqueles serviços e as políticas sociais.

A comitiva incluiu assistentes sociais, docentes de educação especial e agentes políticos, que puderam trocar ideias com membros de diversas equipas da Associação, ao longo de quatro dias em que o foco esteve nas melhores práticas e na inovação. Além disso, procurou-se ainda estabelecer uma perspetiva comparada sobre a situação das pessoas com deficiência intelectual e as suas famílias, em Portugal e na Turquia.

“Somos Punks ou Não?” é o nome do primeiro disco dos 5ª Punkada, editado no final do ano passado, mas também do documentário produzido pela Casota Collective que, depois de ser apresentado nos concertos da digressão de promoção do álbum, tem agora a sua estreia online no P3, o site multimédia de jornalismo colaborativo do Público destinado a leitores mais jovens.

Junta imagens recolhidas durante o processo de gravação do disco – que teve lugar em setembro de 2021 e juntou os membros da banda pop/rock da APCC (Fausto Sousa, Fátima Pinho, Jorge Maleiro, Miguel Duarte e Paulo Jacob) aos convidados Surma e Victor Torpedo e ao produtor Rui Gaspar – e o concerto de apresentação, em Leiria, mas passa ainda em revista a história do grupo, fundado em 1993 e de que fizeram também parte Adelaide Serafino, Francisco Sousa, Luís Pedro Madeira, Márcio Reis, Marco Nuno e Ricardo Sousa.

Era sabido que os 5ª Punkada iam ‘jogar em casa’, mas, por diversas ocasiões, esses são os jogos mais difíceis de vencer… Vale, muitas vezes, o apoio do público e, apesar de os membros da banda pop/rock da APCC e os seus convidados se terem apresentado em alto nível no palco do Teatro Académico de Gil Vicente na passada sexta-feira, não haja dúvidas de que a ligação com a assistência foi mesmo especial e ajudou a ‘carregá-los ao colo’.

Foi, por isso, uma noite com muitos acenos e piscadelas de olhos para e da plateia, umas quantas dedicatórias especiais (provavelmente, nunca os nomes Alcarraques e Trouxemil haviam sido referidos num concerto rock), repetidos chamamentos pelos elementos do grupo e uma energia muito particular e, porque não dizê-lo, familiar. E, claro, com muita música boa, cantada a plenos pulmões, no palco e fora dele!

Mas a...