CAVI

A necessidade de serem desenhadas políticas transversais como forma de garantia dos direitos das pessoas com deficiência (cruzando a área social com os transportes, a habitação e outras) e de diversificação de modelos de assistência pessoal e dos termos em que esta é oferecida, bem como a existência de uma considerável diversidade de experiências nos países onde ela é já desenvolvida, foram algumas das principais conclusões do Seminário Internacional “Desafios à Participação – 3 Anos de Assistência Pessoal”.

Organizado pela APCC, este evento teve lugar ontem e juntou no Convento São Francisco destinatários de assistência pessoal, assistentes pessoais, técnicos e várias outras pessoas com interesse pelo tema da vida independente, tendo contado com a participação de diversos representantes de entidades nacionais e internacionais.

A APCC vai fazer um balanço dos mais de três anos do seu Centro de Apoio à Vida Independente (CAVI) e do Modelo de Apoio à Vida Independente (MAVI), o projeto-piloto nacional que pretende promover uma mudança de paradigma nas políticas públicas de inclusão das pessoas com deficiência. O Seminário Internacional “Desafios à Participação – 3 Anos de Assistência Pessoal” terá lugar no dia 2 de maio, a partir das 14H00, na Sala Almedina do Convento São Francisco e contará com a presença de diversos representantes de entidades nacionais e internacionais.

O programa prevê intervenções, entre outros, de Fernanda Sousa (coordenadora do MAVI), Emma Åstrand (STIL – Fundadores da Vida Independente, da Suécia), Florian Sanden e Michael Holden (ENIL – Rede Europeia de Vida Independente). Será ainda apresentado o estudo realizado pelo Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra sobre o impacto do CAVI da APCC no modo de vida das pessoas apoiadas desde o início do seu funcionamento.

O Seminário...

Os destinatários e a equipa técnica do CAVI – Centro de Apoio à Vida Independente da APCC voltaram a reunir-se, ontem, para fazer um balanço sobre a forma como estão a decorrer os planos individualizados de assistência pessoal e perspetivar o futuro do programa-piloto do MAVI – Modelo de Apoio à Vida Independente. Foi um encontro que serviu para complementar o acompanhamento regular e que decorreu no Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral.

Assim, e além de questões mais práticas e individualizadas, a conversa seguiu ainda para matérias como sugestões de melhoria ao funcionamento daquele programa nacional, nomeadamente no que se refere às formas de prestação da assistência pessoal, na expetativa de contribuir para a definição de um futuro modelo que venha a ser concretizado.

O env...

A diretora técnica do CAVI – Centro de Apoio à Vida Independente da APCC faz parte do painel de intervenientes do seminário “(Des)Encontros com a Vida Independente”, que terá lugar em Évora, no dia 12 de outubro. Fernanda Maurício tomará a palavra no painel “Potencialidades e limitações do projeto”, em que elementos das equipas técnicas de centros de vários pontos do país darão a sua visão sobre o desenrolar, até ao momento, do programa-piloto nacional MAVI (Modelo de Apoio à Vida Independente).

Será uma oportunidade para abordar em concreto a atividade do CAVI da APCC e o contributo que tem vindo a dar, desde junho de 2019, para uma mudança significativa no modo de vida das 19 pessoas com deficiência já apoiadas pelo projeto. Neste encontro pretende-se, aliás, partilhar as experiências dos diversos agentes envolvidos na questão da vida independente em Portugal: destinatários, assistentes pessoais e técnicos, mas também investigadores, responsáveis e decisores políticos.

A segunda edição dos encontros “Desafiar a Inclusão – Os Desafios da Autonomia”, que decorreu no passado dia 29 de abril, contou com cerca de 120 participantes – onde se incluíram pessoas com deficiência, profissionais da educação, da saúde e de instituições que trabalham naqueles temas – e permitiu vincar a ideia de que uma estratégia para o desenvolvimento social, económico e cultural deve ter em conta a diversidade das características do ser humano.

A APCC contribuiu de forma direta para a discussão, fazendo-se representar no painel dedicado ao tema “Autonomia e perda de autonomia”. Foi uma oportunidade para refletir com Catarina Vitorino (beneficiária do CAVI – Centro de Apoio à Vida Independente, psicóloga clínica e ativista feminista e anticapacitista) sobre as oportunidades que a assistência pessoal representa para a autonomia, ou com André Vitorino (utente do Centro de Reabilitação, estudante e defensor dos direitos das pessoas com deficiência) sobre o que ainda falta para que os direitos inscritos na Constituição o sejam para todos os cidadãos.