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São estes os #milhoesdemotivos que a comunidade encontrou para celebrar o Mês da Paralisia Cerebral com a APCC

Outubro foi o Mês da Paralisia Cerebral. Um período em que, aproveitando a convergência do Dia Mundial e do Dia Nacional (dias 6 e 20, respetivamente), a APCC desafiou a comunidade a encontrar connosco motivos para falar de paralisia cerebral. E se o nosso objetivo era, de facto, que esse tema saísse das paredes da nossa instituição e fizesse caminho nas mais variadas instâncias e níveis, há razões para, ao fazer o balanço, dizermos que ele foi plenamente cumprido!

As contribuições que recebemos da comunidade – na forma de frases, pequenos textos e vídeos, cada um partilhando uma reflexão, uma experiência uma memória ou uma reivindicação – foram uma demonstração de generosidade, que agradecemos, em tentar compreender melhor um universo complexo e, muitas vezes, desconhecido.

Chegaram-nos de pessoas com paralisia cerebral e seus familiares, de profissionais da área, mas também de outras pessoas, a título individual ou em grupos, muitos deles formados nas escolas, de diferentes níveis de ensino (como o curso de Técnico Auxiliar de Saúde da escola profissional EPTOLIVA, as Bibliotecas Escolares do Agrupamento de Escolas Viseu Norte, a turma 9B.Ar do Agrupamento de Escolas de Arganil, o 7.º e o 9.º anos do Colégio Senhor dos Milagres em Leiria, o 1.º ciclo do Centro Escolar de Arcos – Agrupamento de Escolas de Anadia ou a turma A do 4.º ano do 2.º Jardim-Escola João de Deus de Coimbra).

As mensagens que partilhamos abaixo são, mais do que conteúdos técnica ou cientificamente irrefutáveis, uma prova de que a disponibilidade para discutir um tema e aprender mais sobre ele é, em si mesma, um triunfo inestimável. O mote deste ano do Dia Mundial da Paralisia Cerebral – Milhões de motivos – que tomámos também como mote para o nosso desafio, foi plenamente compreendido por todos os participantes, que mostraram perceber bem que cada pessoa que vive com paralisia cerebral é um motivo para lutar por mudanças.

 

 

A paralisia cerebral não é uma doença, mas sim um conjunto de desordens que afetam o movimento e a postura. A lesão ocorre no cérebro, durante a gestação, no período perinatal e até aos primeiros anos de vida. Afeta dois em cada mil bebés que nascem, sendo a incapacidade física mais frequente na infância. Não é um défice intelectual nem é igual para todos: pessoas diferentes têm diferentes graus de perturbações e incapacidades. É uma deficiência que em si mesma não progride, mas as suas manifestações sim.

Com a ajuda de uma equipa multidisciplinar, juntamente com a família, é possível criar estratégias para promover o desenvolvimento individual e a autonomia. Neste contexto, é indispensável que técnicos e familiares escutem as pessoas com paralisia cerebral, percebam as suas necessidades e as apoiem na sua autodeterminação e felicidade. Mas o mais importante que há para saber sobre a paralisia cerebral é que é indispensável valorizar a capacidade e não a limitação.

Pode saber mais em www.apc-coimbra.org.pt/?page_id=65.

A intervenção na comunidade, sensibilizando a sociedade para a questão da deficiência e interagindo com parceiros para operar a mudança, é uma das vertentes da atividade da APCC. Dela faz parte ainda o trabalho direto com milhares de utentes, em respostas como a reabilitação, a formação, as atividades para a capacitação, o acompanhamento e reabilitação social, as residências ou o apoio domiciliário, em áreas como o desporto, a música, o teatro ou a expressão plástica, e em serviços abertos à comunidade, como a Quinta Pedagógica, a Ludoteca, a Oficina do Brinquedo ou a Bocciateca.