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Mais fortes: conferência ajudou a perceber como o projeto “Moonwalk” tem vindo a contribuir para o empoderamento de jovens com deficiência

«Quando te vejo, sinto-me forte, como se conseguisse fazer qualquer coisa. Que até eu valho alguma coisa». A frase, retirada de uma série de animação japonesa, foi lida por André Vitorino – um dos jovens com deficiência que integrou a formação-piloto do “Moonwalk” – na conferência de apresentação dos resultados daquele projeto europeu, em que a APCC é parceira, que decorreu no dia 30 de novembro, no Conservatório de Música de Coimbra.

A partilha da citação pretendeu sintetizar o crescimento e a ligação pessoais (dos quais Catarina Vitorino, João Rodrigues e Raquel Miranda deram também testemunho durante o encontro) que aquele grupo de pessoas pôde experimentar ao longo do projeto e que foram decisivos para o balanço positivo que todos fizeram do seu envolvimento, bem como para a disponibilidade expressa de dar seguimento às aprendizagens realizadas.

A formação-piloto – que envolveu 13 utentes e oito profissionais da APCC (incluindo os focus groups que permitiram estruturar as sessões) e onde se abordaram os temas da evolução histórica do conceito deficiência, questões sociais, acessibilidade, produtos de apoio, educação, arte e cultura, representatividade e visibilidade nos media, empregabilidade, utilização do humor na deficiência e vida independente – foi uma das componentes do projeto “Moonwalk”, que incluiu ainda uma pesquisa junto de cerca de 300 pessoas em Portugal, Itália e Hungria procurando identificar características comuns entre jovens com deficiência daqueles países, bem como um seminário de profissionais para discutir as conclusões daquele estudo.

Até ao final do projeto, e baseado nas fases já levadas a cabo, será ainda criado um manual metodológico sobre empoderamento, em linha com o propósito global desta iniciativa de procurar o desenvolvimento de novas soluções e a sua transformação em ação. Todo o trabalho já realizado e a realizar é no sentido de permitir identificar e compreender os problemas, as práticas e estratégias individuais que os jovens utilizam, de forma a promover a sua autonomia e participação nos diversos contextos de vida.

Na conferência da passada terça-feira intervieram ainda Fernando Filipe de Oliveira, presidente da Direção da APCC, Catarina Durão, diretora regional do Centro do Instituto Português do Desporto e Juventude, António Devesa, diretor do Conservatório de Música de Coimbra, e Graça Gonçalves, coordenadora do projeto, Fernanda Maurício, diretoria técnica do CAVI – Centro de Apoio à Vida Independente da APCC, e Suzete Azevedo, professora de artes plásticas na Associação.

O projeto “Moonwalk – empoweing young people living with disabilities” visa promover o empoderamento de jovens com deficiência, bem como ajudar a melhorar o trabalho de instituições e profissionais que trabalham com este público, e tem como parceiros a APCC, a EgyüttHató Egyesület (Hungria) e a Associazione Uniamoci Onlus (Itália), sendo cofinanciado pelo programa Erasmus+.

É um dos vários projetos desenvolvidos na APCC com apoio deste programa europeu, como é o caso também do “Change 2 Regard – Place des personnes en situation de handicap: un projet sociétal”, “RunFree: RaceRunning – Speed and Freedom for All” ou do “SIM – Social Inclusion Marketing”. Pode saber mais sobre projetos, em curso ou já concluídos, em www.apc-coimbra.org.pt/?cat=8.