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António Castanheira, Nelson Pires, Ricardo Rebola e Sara Barros: estes quatro artistas foram à Escola Quinta das Flores falar do seu trabalho (e da APCC)

Quatro dos artistas que desenvolvem a sua atividade criativa na APCC – no âmbito da atividade do Departamento de Artes Plásticas – estiveram ontem na Escola Básica e Secundária Quinta das Flores para falar sobre o seu percurso e apresentar os respetivos projetos e identidades artísticas. Na iniciativa, promovida por aquele estabelecimento de ensino no âmbito da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, António Castanheira, Nelson Pires, Ricardo Rebola e Sara Barros puderam ainda trocar ideias e responder a perguntas de um conjunto de alunos.

A ocasião, em que participou também a professora de artes plásticas Suzete Azevedo, serviu para desconstruir conceitos como o de terapia pela arte, passar em revista um pouco da história da arte e, paralelamente, da própria história da deficiência, mas também para levar a audiência a refletir sobre como as artes desempenha um papel única para desmontar preconceitos.

Através do mote “Arte, cultura e deficiência – eu no mundo”, foi mostrado como, na APCC, o foco passa por permitir aos utentes enquadrar a sua dimensão artística na própria história das artes plásticas, promovendo a sua participação, tanto enquanto criadores, como enquanto recetores ou consumidores. E, neste contexto, como se torna importante promover a sua entrada nos circuitos ‘normalizados’ da produção artística, recusando dessa forma rótulos como ‘arte inclusiva’, em si próprios geradores de exclusão.

E, claro, foi ainda possível mostrar algumas das obras produzidas pelos quatro artistas presentes e ouvi-los falar – perante o evidente interesse e curiosidade dos alunos – sobre as suas visões do mundo, os seus olhares próprios para os olhares da sociedade ou sobre aquilo que os inspira e os leva a criar. No final, ficou sobretudo vincada a ideia de que a arte é uma importante geradora de modificação de atitudes sociais.

O Departamento de Artes Plásticas da APCC opera no pressuposto de que as condições orgânicas realmente geram incapacidades, mas não são essas que determinam o nível de funcionamento do indivíduo. Desta forma, utiliza a arte com o grande propósito da expressão, de comunicação de ideias, do desenvolvimento de competências e autoconhecimento e na elevada responsabilidade da edificação de ideias político-sociais.

O trabalho ali realizado pode ser visto no Instagram, sendo a aquisição das obras feita através do envio de uma mensagem para o mail suzete.azevedo@apc-coimbra.pt, que pode também utilizar para obter mais informações.

Na APCC, são várias as atividades de índole artística desenvolvidas no âmbito do CACI – Centro de Atividades e Capacitação para a Inclusão, nomeadamente: música (nas vertentes da musicoterapia, educação musical e expressão musical), teatro (tanto através de dinâmicas no âmbito da expressão dramática, como de apresentações ao público) e artes plásticas (na pintura, escultura, multimédia e outros campos). Pode saber mais em www.apc-coimbra.org.pt/?page_id=247.