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“Isto não é uma exposição” já foi inaugurada, sessões repetem-se entre hoje e quarta-feira

Decorreram na passada sexta-feira (8 de dezembro) as três primeiras sessões de “Isto não é uma exposição”, a iniciativa da APCC que é um encontro entre a terapia ocupacional e a arte e que se repetirá nos próximos dias 11, 12 e 13. Os visitantes puderam perceber como objetos comuns do quotidiano precisam de ser adaptados para serem usados por pessoas com deficiência, mas também assistir e participar em jogos e num mini-espetáculo inspirados por esses mesmos objetos.

Foi assim que se descobriu, por exemplo, que as colheres usadas nas rotinas de alimentação são todas dobradas na sua nova forma pelo ‘Homem mais forte do mundo’, ou pelo menos que é isso que a imaginação pode permitir supor. Ou que a comunicação é sempre possível, mesmo quando existem obstáculos, e que há objetos que podem ajudar a superá-los.

A guiar o público, estiveram mais de vinte utentes da instituição e as professoras de teatro e terapeutas ocupacionais de quem surgiu a ideia para “Isto não é uma exposição”. Da dinâmica gerada e da participação do público se construiu algo que, por não ser uma exposição, foi uma experiência de participação e de interações variadas. No final, todos terão podido tirar algumas conclusões sobre questões como o que são verdadeiramente obstáculos, como os superar ou o que representa ser autónomo.

“Isto não é uma exposição” realiza-se no Convento São Francisco e tem entrada livre, mas as visitas guiadas são sujeitas a inscrição, através do 239 802 820 ou do 919 219 729. As sessões da próxima semana decorrerão às 10H30, 14H00 e 15H30. Para o Experimentário não é necessária inscrição, podendo ser visitado das 10H30 às 17H00.

Criada e desenvolvida pelas professoras de teatro Adriana Campos e Mariana Nunes e pelas terapeutas ocupacionais Andreia Almeida, Diana Machado, Paula Reis e Sofia Teixeira, “Isto não é uma exposição” tem interpretação de Alexandra Oliveira, Anabela Stock, Andreia Matos, António Camacho, Bárbara Gomes, Bruno Amado, Bruno Ferreira, Carlos Abreu, Cristina Peça, Diana Godinho, Fernando Oliveira, João Cação, Joana Mateus, Liliana Ferreira, Liliana Neto, Marta Santos, Micaela Pires, Nino Conceição, Paulo Jesus, Paulo Pinheiro, Raquel Miranda, Ricardo Monteiro, Sónia Silva, Tânia Cores e Vasco Sequeira. Conta ainda com a colaboração das voluntárias europeias Anna Vukadin, Anthea Biçakçioglu, Federica Usai e Maria Cristina Marcosano.

Integra o projeto da APCC “E se o mundo não for como costuma…”, financiado pelo Instituto Nacional de Reabilitação, através do Programa Nacional de Financiamento a Projetos 2017.

A terapia ocupacional e o desenvolvimento de atividades ligadas ao campo artístico são duas das respostas sociais da APCC enquanto instituição que fomenta a inclusão. No primeiro caso, é realizada uma intervenção ao nível da avaliação, diagnóstico e tratamento de pessoas com disfunções físicas, percetivo-motoras, sensoriais e outras, enquanto que no segundo se promove a participação dos utentes em ações nas áreas da expressão plástica, expressão musical e expressão dramática, tanto dentro como fora da Associação.