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Projeto “Change 2 Regard” ajuda a formar em modelo que promove novos hábitos de vida para pessoas com deficiência

Faz parte das ações previstas no âmbito do projeto europeu “Change 2 Regard” – proporcionar aos profissionais das organizações envolvidas formação especializada em recursos e práticas inovadoras para a criação musical – e foi essa a razão por que um grupo de colaboradores da APCC esteve, na passada semana, no Quebeque (Canadá), juntamente com mais cerca de duas dezenas de técnicos belgas e franceses.

O objetivo foi formar e certificar os participantes no Modèle de Développement Humain – Processus de Production du Handicap (MDH-PPH), um modelo conceptual dirigido às pessoas com deficiência, focado em permitir outros hábitos de vida a partir da capacitação ou compensação de deficiências através de dispositivos de reabilitação e assistência, mas também da redução de barreiras no ambiente. A formação esteve a cargo do RIPPH – Réseau International sur le Processus de Production du Handicap, organização de referência no desenvolvimento daquele modelo.

Assim, os profissionais da APCC, da Nos Pilifs (Bélgica) e do Collectif T’Cap (França), parceiros neste projeto, receberam informação teórica sobre o MDH-PPH, mas também puderam conhecer várias das suas aplicações concretas. Foram desde logo abordadas ainda algumas das possibilidades da aplicação deste modelo nos campos do acesso à cultura e da produção artística (música e multimédia), que são o âmbito do projeto “Change 2 Regard”. Do programa desta formação fizeram ainda parte visitas a diversas instituições que trabalham na área da deficiência, centros comunitários e organismos governamentais e municipais para a inclusão.

O projeto “Change 2 Regard – Place des personnes en situation de handicap: un projet sociétal” irá agora prosseguir até meados de 2021, estando ainda previstas como ações a desenvolver a criação de ferramentas e recursos para melhorar o acesso à criação musical, o desenvolvimento de ferramentas e recursos para melhorar o ensino da música, a produção de um manual de boas práticas sobre música, tecnologia e acessibilidade ou a realização de workshops inclusivos juntando grupos de pessoas com e sem deficiência.

Os objetivos principais são promover o acesso à cultura para todos e especialmente à prática musical, aplicar uma dinâmica de participação que torne visível um trabalho artístico inspirado por uma abordagem inclusiva, trabalhar a relação entre a inovação técnica e a inovação social e refletir sobre as perspetivas locais e transnacionais. Além da APCC, da Nos Pilifs e do Collectif T’Cap, existem ainda sete parceiros associados, como é o caso, em Portugal, do Conservatório de Música de Coimbra e da Casa da Música, tratando-se esta de uma iniciativa cofinanciada pelo programa Erasmus+.

É igualmente através daquele programa europeu que o Gabinete de Projetos da APCC desenvolve, entre outros, o “SIM – Social Inclusion Marketing”, o “Health Could Be Learned” ou o “Preg-Equal – Pregnancy in Women with Disability: The Right to Information, Knowledge and Quality on Prevention and Accompaniment”, entre outros. Pode saber mais sobre a atividade do Gabinete de Projetos da instituição em www.apc-coimbra.org.pt/?cat=8.