Com o mundo confrontado com diversas questões e dúvidas no contexto da pandemia provocada pelo novo coronavírus, a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) promoveram esta semana um encontro online que teve como objetivo olhar criticamente para a resposta mundial à atual crise sanitária no enquadramento das necessidades e especificidades das pessoas com deficiência e entidades que com elas trabalham.
A APCC também marcou presença, através da participação da coordenadora do Centro de Formação. Dora Redruello deu conta do trabalho de adaptação e resposta que tem vindo a ser feito na instituição e contribuiu para a importante reflexão sobre a relação da população com deficiência e/ou vulnerável com os cuidados de saúde regulares e sobre a necessidade de promover cuidados de saúde especializados e informação compreensível e acessível a estes públicos.
O webinar “Covid-19 e Deficiência” permitiu a todos os participantes conhecer e discutir as dificuldades sentidas nos mais diversos países neste contexto e estratégias para as ultrapassar, nomeadamente ao nível de uma resposta inclusiva, dos Direitos das Pessoas com Deficiência ou dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Foi neste enquadramento que foi revelado que a ONU e a OMS estão a trabalhar em manuais que procurarão disponibilizar com a maior brevidade possível para auxiliar a população e as instituições.
Num encontro em que participaram cerca de 350 pessoas e instituições de todo o mundo, são de destacar as intervenções de Ana Maria Menendez, vice-secretária-geral da ONU para a política, e Ren Minghui, diretor-geral-adjunto da OMS para as doenças transmissíveis e não transmissíveis, bem como de outros responsáveis e especialistas daquelas organizações.
A participação da APCC nesta iniciativa enquadra-se na sua missão de promover a inclusão social de pessoas em situação de desvantagem, com especial incidência nas portadoras de deficiência e incapacidades. Com mais de 40 anos de atividade e de provas dadas, a APCC é uma referência nacional e internacional na inclusão, integração e autodeterminação, trabalhando quotidianamente junto de mais de 3000 utentes e respetivas famílias, agindo na comunidade, sensibilizando a sociedade para a questão da deficiência e interagindo com parceiros para operar a mudança.
