Durante anos e anos, foi uma marca na vida da APCC: na Feira das Colheitas, celebrava-se o outono e os seus sabores e saberes, juntando utentes, colaboradores, voluntários e a toda a comunidade. Pois no próximo dia 11 de novembro, depois de dois anos de paragem forçada, esta grande festa vai estar de volta à Quinta da Conraria e já só conseguimos mesmo é contar o tempo até à abertura do evento!

No picadeiro, a partir das 10H30, não vão faltar as frutas, os legumes, as compotas, as peças de artesanato, as utilidades e outros produtos ligados a esta época do ano, mas também ao quotidiano da Quinta da Conraria – onde se concentram valências da Associação nos campos das atividades de capacitação, da reabilitação social ou da formação profissional. E não podemos deixar de referir também a sempre muito concorrida quermesse!

A Ana Laura Ferreira, o Bernardo Coelho e o Diogo Peixeiro fazem parte da nova geração de jogadores de boccia da APCC, pelo que faz todo o sentido que tenham sido chamados a participar em mais um Torneio de Novos Talentos da modalidade. Assim, no passado fim de semana, coube-lhes integrar a comitiva que se deslocou ao Seixal e defender as cores da Associação, em mais uma oportunidade para competir, mas também cimentar relações e aprendizagens.

Com a Ana Laura e o Diogo integrados no escalão sub-21 e o Bernardo nos sub-13, os jogadores da APCC realizaram diversas partidas nos respetivos quadros competitivos, tendo ainda participado no concurso de skills. E nesta que foi a primeira competição de boccia na atual época, é obrigatório destacar ainda o papel dos familiares, indispensáveis tanto dentro do campo de jogo (como parceiros de competição), quanto fora dele (como a mais entusiástica claque)!

Há jogos em que o mais importante é o resultado e outros em que ele não interessa para nada. No passado sábado (5 de novembro), no Campo Municipal da Arregaça, deu-se essa circunstância particular de ambas as hipóteses serem verdadeiras… Desde logo, porque ali decorreu uma iniciativa do Clube União 1919 que pretendeu celebrar valores como o respeito, inclusão, igualdade, solidariedade e fair play no futebol, pelo que todos seriam sempre vencedores. E, por outro lado, porque o marcador registou mesmo uma goleada de entrega, generosidade e alegria.

Em campo estiveram utentes das unidades residenciais da APCC e jogadores de equipas masculinas e femininas dos escalões de formação daquele histórico clube, não tendo faltado também as indicações preciosas de técnicos do Departamento de Educação Física e Desporto e do União 1919. Mas a festa também se fez fora do relvado, com os incessantes incentivos e aplausos das bancadas.

Foram...

O Museu Portugal Romano em Sicó – PO.RO.S é uma paragem obrigatória para quem pretende saber mais sobre o período da ocupação romana da Península Ibérica e queira fazer uma viagem à presença daquela civilização em terras de Sicó. E sendo assim, é natural que também os formandos da APCC se interessem por aquele espaço, motivo mais do que suficiente para justificar a visita que teve lugar ontem.

No âmbito da área-chave dedicada à linguagem e comunicação, comum aos cursos de Mecânico de Automóveis Ligeiros e Operador de Jardinagem, formandos destas duas ofertas da APCC puderam conhecer aquele espaço, que combina achados arqueológicos com uma forte componente multimédia e interativa. Foi, portanto, uma oportunidade para ouvir, tocar, experimentar e, sobretudo, aprender.

O João reencontrou a Luísa, tal como o Fausto, o Pedro ou o Carlos. A Teresa não reconheceu alguns dos que a ela se dirigiram pelo nome, pois já não os via desde crianças. No meio das caras novas, o Mário reviu muitas outras que sempre fizeram parte da sua vida. E até o Miguel se reuniu aos outros membros da sua banda. O Dia Aberto da APCC foi, está bom de ver, um momento para reencontros, mas também foram muitos os que se deslocaram ao Centro de Reabilitação para conhecer a Associação e o seu trabalho.

E assim, no Dia Nacional da Paralisia Cerebral (que se assinalada anualmente a 20 de outubro), assistiu-se a uma emocionante partilha entre utentes – atuais e antigos –, familiares, trabalhadores – também neste caso com alguns ‘regressos’ –, voluntários, parceiros e amigos, mas em que participaram ainda grupos vindos de outras instituições ou de escolas – do jardim de infância ao ensino superior – e demais pessoas que quiseram demonstrar a sua disponibilidade para fazer com a APCC o caminho para uma sociedade aberta e inclusiva, com mais oportunidades e igualdade efetiva.