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Inclusão, participação, acesso e diferença foram algumas das ideias em destaque em mesa redonda que juntou agentes diversos da área musical

A experiência pessoal de Fátima Pinho nas relações quotidianas e também nos palcos como teclista dos 5ª Punkada, o trabalho de Hugo Ferreira e da ‘sua’ Omnichord com a banda pop/rock da APCC e a importância que atribuem à promoção da diferença, a vontade do Conservatório de Música de Coimbra e do seu subdiretor Hugo Brito de abrir as portas a essa diferença e contrariar a prática histórica daquelas escolas como locais de exclusão e o entusiasmo da investigadora e docente Cristina Faria com o muito que se pode fazer ao nível do ensino e da formação de professores para promover a participação de todos.

Foram estes os pontos principais da mesa redonda “Música e Deficiência – um diálogo em construção”, na qual se discutiu o acesso à cultura por parte das pessoas com deficiência, nomeadamente à prática e à criação musical. A iniciativa decorreu no dia 15 de julho, no Auditório do Conservatório, integrada no projeto europeu “Change 2 Regard”, dinamizado pela APCC com instituições parceiras da Bélgica, França e Canadá.

Antes desta interessante e importante troca de ideias (que foi moderada por Fernanda Maurício, diretora técnica do CAVI – Centro de Apoio à Vida Independente da APCC), foram apresentadas as atividades desenvolvidas no âmbito daquele projeto, bem como os respetivos produtos finais. Numa apresentação a cargo de Mário Veríssimo (APCC) e Paulo Jacob (APCC e 5ª Punkada), foi dado particular destaque a um guia metodológico e pedagógico sobre música, tecnologia e acessibilidade, que será disponibilizado brevemente.

A mesa redonda “Música e Deficiência – um diálogo em construção” abriu com as intervenções de Fernando Filipe de Oliveira, presidente da APCC, que destacou o papel da arte enquanto veículo para atingir a autodeterminação da pessoa com deficiência e a verdadeira inclusão, e de António Devesa, diretor do Conservatório de Música de Coimbra.

O projeto “Change 2 Regard – Place des personnes en situation de handicap: un projet sociétal” é centrado no papel da inclusão social no acesso à prática musical, à formação e ao vínculo social. Tem como parceiros principais a APCC, o Collectif T’cap (França), a Nos Pilifs (Bélgica) e o RIPPH – Réseau International sur le Processus de Production du Handicap (Canadá), contando ainda com sete parceiros associados, entre os quais o Conservatório de Música de Coimbra e a Casa da Música.

É um dos vários projetos desenvolvidos na APCC com apoio do programa Erasmus+, como é o caso também do “SIM – Social Inclusion Marketing”, do “Moonwalk – empoweing young people living with disabilities” ou do “RunFree: RaceRunning – Speed and Freedom for All”. Pode saber mais sobre projetos, em curso ou já concluídos, em www.apc-coimbra.org.pt/?cat=8.