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Tanto que havia dentro da caixinha vermelha do Projeto Estúdio…

O que cabe na caixinha vermelha do Projeto Estúdio? Foi essa descoberta que fez, no passado sábado (19 de novembro), quem se deslocou à Faz de Conto – na verdade, a uma sala por cima daquela livraria, para que todos pudessem participar nessa demanda – e assistiu ao espetáculo-oficina “Queres que te conte o conto da caixinha vermelha?”, que aquele grupo teatral da APCC criou a partir do livro “O último contador de histórias”, de Isabel Peixeiro.

Não vamos revelar o que cada um encontrou dentro daquela caixa de cor vibrante que foi passada de mão em mão, até porque quem quiser mesmo saber só precisa de imaginar. Mas podemos contar que, ao longo da manhã, todos se deixaram embalar e escutaram o muito que havia para saber sobre uma menina e o seu avô que não deixava nenhum dia terminar sem uma história…

E afinal, para que serve uma história, para que serviu esta história? A pergunta foi lançada, juntamente com algumas hipóteses sugeridas pelos próprios atores do Projeto Estúdio: para partilhar? para sonhar? para sossegar? E entre o público, outros atores responderam –para recordar! para inspirar! para unir! para fazer amizades! para aquecer o coração! – e não deixaram também de desenvolver as suas teorias fantásticas sobre a utilidade de uma história.

“Queres que te conte o conto da caixinha vermelha?” foi uma criação do Projeto Estúdio, um coletivo nascido na APCC e coordenado pela professora de teatro Adriana Campos. Tratou-se da segunda paragem do ciclo ‘Primaverar’, em que obras literárias servem de inspiração a espetáculos que são depois apresentados nas livrarias que as acolhem. Esta dinâmica decorre integrada no projeto ‘FLORescente’, que aprofunda a relação do grupo com a literatura, bem como com a escrita e a leitura, promove o contacto com a comunidade e envolve todos os seus elementos na construção do objeto artístico.

O Projeto Estúdio é um dos dois grupos de teatro da APCC. Já criou “Cem linhas – notas para viajar dentro de um espetáculo” (espetáculo e livro influenciados pelo livro “Eu espero”, de Davide Cali) e abriu na Baixa de Coimbra e em várias escolas a Loja de Vender Poetas (inspirada no livro de Afonso Cruz “Vamos comprar um poeta”) e a Loja de Vender FI (o elixir que faz falta na nossa vida).

O teatro é uma das várias áreas artísticas que constituem uma parte importante da ação da APCC enquanto promotora da inclusão social. É desenvolvido tanto através de dinâmicas no campo da expressão dramática, como de apresentações ao público, dentro e fora das instalações da instituição, que conta atualmente com dois grupos teatrais ativos (Projeto Estúdio e Sala T). Pode saber mais em www.apc-coimbra.org.pt/?page_id=247.