Diversos colaboradores da APCC – trabalhando em diferentes repostas e com funções diferenciadas, nas áreas médica, terapêutica, educativa ou serviço social – realizaram, ao longo das duas últimas semanas, uma formação em cuidados paliativos pediátricos, a cargo da equipa de cuidados paliativos do Hospital Pediátrico de Coimbra. Conjugando as componentes teórica e prática, as enfermeiras Ana Paula Pleno e Fátima Campos habilitaram os profissionais da Associação em diversas matérias relacionadas em particular com utentes com traqueostomia.
Foram abordadas as melhores práticas relacionadas com diversos procedimentos necessários para garantir a segurança e proteção de pessoas (e em particular, crianças) que tenham realizado aquele procedimento cirúrgico, que consiste na abertura de um orifício na traqueia de modo a possibilitar a entrada de ar nos pulmões em casos em que a via normal de respiração tem algum bloqueio ou existe redução da passagem do ar.
Assim, falou-se – e experimentou-se – da colocação e manutenção da cânula ou da válvula fonatória, da utilização do insuflador manual ou da aspiração de secreções, entre muitos outros temas relacionados com os cuidados diários com estes utentes ou alguns aspetos de suporte básico de vida. Esta formação permitiu, portanto, dar resposta aos desafios que o aumento da sobrevida de utentes com diferentes condições vem colocar, preparando melhor os profissionais da APCC e aumentando os seus níveis de conhecimento.
Finalmente, foi também abordada a importância do envolvimento das famílias em qualquer processo de integração dos utentes, enquanto elementos com conhecimento mais próximo de cada caso a que é necessário dar resposta. Esse é, de resto, um tópico comum neste tipo de ações realizadas em conjunto com parceiros externos à Associação (sendo habitual a colaboração com as equipas do Hospital Pediátrico).
O trabalho em conjunto com outras entidades, no sentido de assegurar os resultados e continuidade ao nível da prestação dos serviços, é um dos princípios orientadores da atividade da APCC. Estas parcerias devem, assim, gerar valor acrescentado para todos os envolvidos, impactando os utentes e as suas famílias, bem como a comunidade, sendo desenvolvidas tanto a nível nacional como internacional.
