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O potencial inclusivo da arte: caso dos Ligados às Máquinas vai ser apresentado em edição do Fórum Esfera(s) no Brasil

Há mais de uma década que o percurso dos Ligados às Máquinas – a orquestra de samples da APCC – é feito de cruzamentos e assimilações: desde logo, nas suas próprias composições, em que se conjugam diversos estilos musicais; depois, na forma como tecnologia e arte abrem em conjunto um novo mundo de possibilidades de criação a pessoas com graves limitações motoras; mas também, na ideia de construção de comunidade que tem levado o grupo a associar-se a outros artistas e a participar em diversos projetos colaborativos.

Estas são algumas das dimensões do trabalho daquele coletivo que estarão no centro da intervenção de Paulo Jacob na segunda edição do Fórum Esfera(s), que vai decorrer na Universidade Santa Cecília, em Santos (Brasil). Com uma comunicação à distância, o musicoterapeuta da APCC participará, no dia 16 de agosto, num painel dedicado ao tema “Despertando Potenciais: Inclusão e Experimentação em Comunidades”, na companhia de representantes de projetos de inclusão pela arte originários do Brasil.

O convite para marcar presença nesta iniciativa surge na sequência do primeiro Fórum Esfera(s), realizado em Coimbra no ano passado, em que os Ligados às Máquinas atuaram ao vivo. Promovido por diversos parceiros dos dois lados do Atlântico (entre os quais a Universidade de Coimbra e a Câmara Municipal de Coimbra), este ciclo tem como objetivo geral desenvolver a reflexão, o diálogo e a formação em torno de temáticas relacionadas com o setor cultural, a sustentabilidade e a responsabilidade social das novas gerações.

Os Ligados às Máquinas são a primeira e provavelmente única orquestra de samples em cadeiras de rodas do mundo. Construindo as suas composições com recurso a samples sonoros, apresentam uma verdadeira manta de retalhos musical, onde se cruzam, por exemplo, hip-hop, rock, techno, fado, blues, world music, música erudita e até sons do cinema ou da publicidade. Tocaram já perante plateias de diversos pontos de Portugal, tendo estreado há cerca de um ano, no festival Nascentes, o seu mais recente projeto, constituído por composições construídas a partir de fragmentos cedidos por mais de 30 artistas nacionais.

São um dos quatro grupos musicais atualmente em atividade na APCC, no âmbito do Departamento de Música, cujo trabalho se desenvolve através de intervenções ao nível da musicoterapia, educação musical adaptada e expressão musical adaptada. Pode saber mais em www.apc-coimbra.org.pt/?page_id=163.