fbpx

Formação Profissional ‘encerrou’ 2015 com Feira do Livro e Concurso de Poesia

Foi um final de ano dedicado à cultura na Formação Profissional da APCC: em novembro e dezembro, os formandos puderam participar num Concurso de Poesia; e entre os dias 14 e 16 de dezembro, a eles se juntaram utentes, colaboradores, pais e encarregados de educação para a realização de uma Feira do Livro.

Entre os objetivos comuns às duas atividades estiveram o desenvolvimento de competências pessoais e sociais, a motivação dos formandos para a leitura e a escrita ou a exploração de novos conhecimentos e experiências úteis para a vida quotidiana. Ambas as iniciativas foram desenvolvidas no âmbito da disciplina de Linguagem e Comunicação, sob a responsabilidade das formadoras Mónica Tavares e Rosa Duarte.

Começando pela Feira do Livro, esta decorreu na Sala Multiusos da Quinta da Conraria e foi uma oportunidade para comprar e vender livros ou ler e analisar obras selecionadas pelos formandos, mas também para realizar a reportagem fotográfica do evento e realizar exercícios práticos de matemática (efetuar e contar trocos). Assim se atingiram objetivos específicos, como possibilitar o contacto com diversos tipos e géneros literários e compreender a necessidade do uso de linguagem adequada em diferentes contextos sociais, mas também promover momentos de convívio entre formandos, formadores, utentes e colaboradores num contexto formativo.

Já quanto ao Concurso de Poesia, que permitiu aos participantes estimular a criatividade, aprender a estruturar um texto poético ou adquirir e aplicar vocabulário específico relacionado com a poesia, teve três vencedores: Mário Ferreira (que conquistou o 1º prémio com o poema “Liberdade”), Lourenço Pina (2º prémio, “O Entendimento é Possível”) e Maria Juliana Ferreira (3º prémio, “Coração Ansioso”).

 

Pode ler aqui os poemas premiados:

Liberdade

Não quero corruptos nem devassos
Nem mísseis, nem fósseis, nem torturas
Nem pensamentos feitos em estilhaços
Que tenham Tarrafais em sepulturas
Não quero casas feitas em pedaços

De zinco, madeiras ou serraduras
Nem polícias a vigiar os meus passos
Nem cortes vermelhos nas escrituras
Não quero asas nas minhas aventuras
Nem sempre temos liberdade para as nossas loucuras.

 

O Entendimento é Possível

Amor por nenhures
Porque os seres estão no sono
Amor para os seres
Porque nenhures é um vasto vazio
no som positivo
do silêncio cósmico universal
A unicidade deve ser
o foco do olhar desperto
antes que…!!! você mora
onde fica o lugar de repouso
Fica em absoluto no relativo
Fica na perfeição no imperfeito
Mas o mais importante de tudo
Fica no silêncio não falado.

Por hoje é tudo.

 

Coração Ansioso

As minhas ansiedades caem
Por uma escada abaixo
Os meus desejos balouçam-se
Em meio de um jardim

Meu doido coração onde vais
No teu imenso anseio de liberdade?
Toma cautela com a realidade
Meu pobre coração olha que cais

Tu chamas ao meu anseio
Negra prisão!…
Ai, vê lá bem, ó doido coração
Não te deslumbre o brilho do luar que veio