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Técnicos da APCC juntaram-se no Centro de Reabilitação para explorar o potencial da Escala de Objetivos Atingidos

O Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral é também, frequentemente, um ponto de encontro para os profissionais da APCC partilharem com os colegas informação sobre matérias em que estejam a trabalhar, que foram abordadas em formações que frequentaram ou em torno das quais sentem ser importante haver algum tipo de discussão. E o último destes Encontros Técnicos, que se realizou recentemente, foi dedicado à GAS (Goal Attainment Scaling), em português Escala de Objetivos Atingidos.

Convirá, para melhor perceber os motivos por detrás da escolha deste tema, explicar que tem vindo a ser recorrentemente abordada pelas equipas de habilitação e reabilitação, no âmbito da identificação de possibilidades de melhoria, a necessidade de seguir uma estratégia de medição do impacto da sua atividade, bem como de melhorar as evidências acerca do grau de concretização dos objetivos na intervenção técnica com os utentes e nos seus planos individuais.

Daqui resultou a criação de um pequeno grupo de trabalho para estudo e apresentação da referida escala, atendendo às possibilidades que esta abre para a quantificação dos progressos no cumprimento de metas, previamente definidas num plano de intervenção dinâmico e de desenvolvimento, e para a sistematização de etapas com vista à obtenção de resultados personalizados que tenham sempre em conta os interesses da pessoa envolvida ou alvo de intervenção pela equipa interdisciplinar.

Perante uma plateia extremamente interessada e atenta, foram assim abordadas as diversas possibilidades de aplicação da GAS, em contextos de intervenção terapêutica e investigação, a problemáticas como a saúde mental, desenvolvimento, autismo ou intervenção com famílias. Foram avaliadas as suas vantagens (como permitir uma melhor avaliação de resultados da intervenção ou uma maior clareza dos objetivos da terapia), mas também limitações, numa perspetiva de, ao longo do próximo ano, poder eventualmente vir a aumentar o número de utentes e famílias cujo acompanhamento é feito com recurso a esta metodologia.

No Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral de Coimbra é desenvolvido um modelo de intervenção interdisciplinar e colaborativo, centrado na família e nas suas necessidades e da criança. O trabalho realizado, em que a reabilitação é entendida como um processo global, contínuo e dinâmico, com impacto na vida de utentes, famílias e comunidade, pretende levar a que os diferentes atores se tornem facilitadores e promotores do processo habilitativo.