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Projeto Estúdio apresentou “Oficina com Luz Própria” e permitiu que o público descobrisse a luz dentro de si

Um espetáculo-oficina onde se contou tudo o que acontece quando não há luz natural. Quando o sol começa a descer no céu. Onde cada espectador revelou qual a sua parte favorita da noite, fosse o cair da penumbra no início do inverno, a lua cheia, os sons e as luzes noturnas, os mistérios, os sonhos… ou o momento em que ela acaba. E em que se descobriram poderes inesperados, como o de ter luz nas pontas dos dedos, de ser onda, de ser arbusto (!) ou de ter mãos delicadas.

Foi assim “Oficina com Luz Própria”, que o Projeto Estúdio levou ontem, em sessão dupla, à Almedina Estádio Cidade de Coimbra. Uma estreia e também uma ocasião irrepetível para descobrir que leitura aquele grupo de teatro da APCC fez do livro “Noturnos”, de Lucas Riera e Ángel Svoboda, sugerido pela própria livraria, e como os animais noturnos que nele se revelam foram a inspiração para procurar descobrir a luz que existe dentro de todos.

Foi, portanto, uma descoberta e uma surpresa para quem ali se deslocou propositadamente para assistir à oficina, mas também para os clientes que aceitaram o desafio dos elementos do Projeto Estúdio e, dessa forma, puderam não só ouvir a história, mas também participar nela. Outras histórias e outras oportunidades para experimentar surgirão no próximo ano, quando aquele coletivo ‘invadir’ outras livrarias de Coimbra com outros espetáculos-oficinas inspirados pela literatura.

Faz tudo parte de “Uma sombra é para…”, um programa com reticências em torno da ideia e do(s) significado(s) de sombra, delineado pelo Projeto Estúdio para ser acrescentado por diversos parceiros, entre os quais as três livrarias (Almedina Estádio Cidade de Coimbra, Casa do Castelo e Faz de Conto) com as quais já colaborou no ano passado. Deste programa resultarão ainda mais dois espetáculos-oficinas e alguns produtos multimédia.

O Projeto Estúdio é um dos dois grupos teatrais em atividade na APCC, tendo anteriormente desenvolvido o projeto “FLORescente”, em cujo ciclo ‘Primaverar’ procurou pela primeira vez inspiração na literatura para criar espetáculos que foram apresentados nas livrarias que acolhiam os livros que os influenciaram. Antes disso, o grupo foi responsável pela ‘abertura’ da Loja de Vender Poetas e da Loja de Vender FI e criou “Cem linhas”, um espetáculo que foi também um livro.

O teatro é uma das várias áreas artísticas que constituem uma parte importante da ação da Associação enquanto promotora da inclusão social. É desenvolvido tanto através de dinâmicas no campo da expressão dramática, como de apresentações ao público, dentro e fora das instalações da instituição. Pode saber mais em www.apc-coimbra.org.pt/?page_id=247.