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Sala cheia na APCC para ouvir Fátima Araújo pedir respostas dignas para os portadores de paralisia cerebral

Apresentação Por Acaso«É necessário encontrar respostas dignas, provocar a mudança das mentalidades e das políticas e redesenhar o Estado-providência que temos». Foi esta a mensagem que Fátima Araújo deixou perante uma sala que encheu para a ouvir falar sobre paralisia cerebral.

A ocasião foi a apresentação do livro “Por Acaso…”, que decorreu ontem, dia 10 de março, na sede da Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra (APCC). Resultado de uma reportagem jornalística sobre cinco jovens portugueses com paralisia cerebral que se afirmaram como casos de sucesso, de empreendedorismo social e laboral, de integração e de superação, o livro foi descrito pela autora como um trabalho de amor. «É o coração que se pretende que se ouça neste livro», sintetizou.

Tendo feito questão de contar as histórias de vida de cada um dos protagonistas de “Por Acaso…”, que definiu como «pessoas que celebram a vida e que não deixam que a diferença os limite», Fátima Araújo agradeceu ainda a enchente com que foi presenteada neste regresso a Coimbra (onde se licenciou e concluiu um mestrado), realçando a importância da convivência aberta entre pessoas com e sem deficiência.

Antonino Silvestre, presidente da APCC, aproveitou o momento para entregar à jornalista a medalha da Associação, sublinhando que «os testemunhos recolhidos por Fátima Araújo neste livro ajudam a provar que os portadores de paralisia cerebral são pessoas como todas as outras».

No ano em que a APCC celebra os seus 40 anos, Antonino Silvestre manifestou ainda o desejo de que esta data possa ser uma oportunidade para uma discussão séria em torno desta deficiência motora. «Vamos querer ouvir falar de paralisia cerebral e ouvir falar dela como uma realidade que precisa de ser compreendida e respeitada», referiu.

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“Por Acaso…”, da autoria da jornalista da RTP Fátima Araújo, reúne as histórias de vida de Rui Reisinho (bailarino, DJ, designer e fundador da primeira companhia de dança inclusiva do País), Ana Catarina Correia (estudante de Sociologia e ativista do Movimento de (d)Eficientes Indignados), José Pedro Gomes (licenciado em Informática, que está a desenvolver uma aplicação informática que permitirá usar um telemóvel ou um tablet através do olhar), Maria de Fátima Ferreira (professora, escritora e várias vezes campeã nacional de natação adaptada) e José Rui Silva (mestre em Ciências da Informação, atleta federado de vela adaptada e praticante de natação). O prefácio é do neurocirurgião João Lobo Antunes.

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