Artes Plásticas

“O Processo de Identidade” não é só uma exposição patente na Coimbra Business School – ISCAC, com obras da autoria de alguém que desenvolve a sua atividade criativa na APCC. Porque os 16 desenhos que Humberto Arromba mostra publicamente são o resultado de um trajeto, ponto atual de um caminho que escapou à linearidade, mas que levou tanto à ‘construção’ do artista que agora se apresenta, como à afirmação do estudante daquela instituição de ensino superior. Esta é também, portanto, uma exposição que conta uma história de transformação e descoberta.

Na inauguração – que decorreu ontem e contou com a presença de Humberto Arromba, mas também dos presidentes da APCC, Carlos Condesso, e da Coimbra Business School – ISCAC, Alexandre Silva – foi vincada precisamente a ligação entre aquelas duas dimensões e a forma como ambas serviram de estímulo mútuo, num processo em que foi protagonista principal o próprio artista/utente/aluno, mas em que a colaboração entre as duas entidades foi também decisiva, num caso de sucesso a vários níveis.

No que ao restant...

Chama-se “O Processo de Identidade”, é a primeira exposição de Humberto Arromba, um dos artistas plásticos que exerce a sua atividade criativa na APCC, e terá lugar na Coimbra Business School – ISCAC. Vai ser inaugurada no dia 22 de maio, pelas 15H00, com a presença do autor e de representantes das duas entidades, e reúne um conjunto de obras no domínio da pintura, que ficarão patentes até 21 de junho.

Ao expor as suas obras na Coimbra Business School – ISCAC, o artista Humberto Arromba – que é também Humberto Arromba, estudante da instituição – não só apresenta a sua identidade artística, mas também permite que sejamos testemunhas dos resultados de um processo de transformação profundo. Na multiplicidade de existências que foi precisando descobrir ao longo do seu percurso de vida, mostra-se particularmente relevante aquela que construiu a partir da descoberta da pintura e o renascer que esse momento representou.

Foi um momento especial: os utentes cujas obras integram a Exposição de Artes Plásticas da APCC, atualmente patente no CoimbraShopping, visitaram ontem o espaço Cultura no Centro daquela superfície comercial e puderam, tal como os vários visitantes que por ali têm passado nos últimos dias, apreciar o seu próprio trabalho fora do contexto quotidiano de criação, nas oficinas de pintura e de escultura do Centro Atividades e Capacitação para a Inclusão (CACI).

Naturalmente, todos quiseram ver onde estavam as suas obras, mas também se impressionaram com a forma como todas as outras ‘comunicam’ entre si e contribuem para criar uma imagem de um conjunto artístico coeso – em que se cruzam diversas correntes, ora como inspiração direta, ora como provocação – mas em que todos têm a possibilidade de exibir a sua individualidade e identidade enquanto criadores.

Composições ricas e imersivas. Explosões de luz entre riscos carregados. Ilustrações leves e com personalidade forte. Criatividade em ambientes fantásticos. Traços intensos e linhas contorcidas. Formas circulares que se transformam. Exageros cromáticos que geram equilíbrio. Dimensões que transportam surpresa e reconhecimento. Tudo isto para ver na Exposição de Artes Plásticas da APCC, que vai estar patente no CoimbraShopping (no espaço Cultura no Centro), entre os dias 3 e 23 de maio.

Falamos de obras de pintura e escultura, da autoria de cerca de duas dezenas de artistas que desenvolvem a sua atividade criativa na Associação e que representam outras tantas leituras do mundo e identidades artísticas. Trata-se de um corpo de trabalho onde se cruzam diversas correntes da História da Arte, ora como inspiração direta, ora como provocação, e em que o público é convidado a deixar ideias pré-concebidas à porta e apreciar cada peça pelo que ela é.

Ricardo Rebola nasceu em Coimbra há 49 anos e encontrou a sua vocação nos ateliês de expressão plástica da APCC, tendo vindo a desenvolver uma vasta obra. Agora, acrescendo à atividade criativa que desenvolve na instituição, torna-se também num artista a expor em nome próprio, com “Portefólio #02”, que será inaugurada no dia 24 de abril, pelas 18H00, no LAC – Laboratório de Actividades Criativas, em Lagos.

Esta mostra reúne um conjunto diverso de trabalhos de Ricardo Rebola, que, depois de ter começado pela representação da sua cidade, descobriu a sua personalidade artística na representação da figura humana, nas naturezas mortas e nas paisagens. Mais recentemente, aprofundou a capacidade excêntrica no uso do pastel, tomando o exagero como traço distintivo e mudando a aparência exata do real, surpreendendo amiúde com essa plasticidade.