A APCC e a Universidade de Coimbra colaboraram num estudo em que foram identificadas as dificuldades que pessoas com mobilidade reduzida enfrentam diariamente – em particular, em zonas próximas a instalações da Associação, nomeadamente do Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral, do Lar Integrado e do Lar de Apoio – e identificadas possíveis soluções para uma acessibilidade urbana mais inclusiva.
Entre as hipóteses que constam do documento elaborado, que foi ontem apresentado a dirigentes e técnicos da APCC por um grupo de alunos do Mestrado em Geografia Humana, Planeamento e Territórios Saudáveis da Faculdade de Letras, estão a criação e o alargamento de passeios, a priorização de rampas, a colocação de corrimões onde existam escadarias e a manutenção das vias.
Na sessão, realizada no Laboratório de Design Thinking do Student Hub da Universidade, foi ainda abordada a importância da criação de um espaço público que possa ser desfrutado por todos, independentemente de serem pessoas com deficiência, outras pessoas com condicionamentos de mobilidade ou até simplesmente com um carrinho de bebé, por exemplo. Refira-se ainda que, para o desenvolvimento deste trabalho, realizado no âmbito da disciplina de Planeamento Urbano Saudável, foi feito um mapeamento das condições de acessibilidade nas três áreas anteriormente referidas, com a colaboração da APCC, que implicou visitas in loco e a análise das potenciais barreiras existentes.
Esta colaboração surgiu após a APCC ter sido uma das instituições que, no ano passado, assinaram com a Universidade de Coimbra um protocolo de colaboração no âmbito do projeto UC Social, que visa promover a participação de estudantes universitários em atividades de inovação e empreendedorismo social. A questão das barreiras arquitetónicas foi sugerida pela Associação quando desafiada a identificar uma necessidade para qual os alunos, em regime de voluntariado, pudessem procurar soluções.
O trabalho em parceria com outras entidades, no sentido de promover a sensibilização e a mudança na sociedade, bem como de inovar ao nível da prestação dos serviços, é um dos princípios orientadores da atividade da APCC. Estas parcerias devem, assim, gerar valor acrescentado para todos os envolvidos, impactando os utentes e as suas famílias, bem como a comunidade, sendo desenvolvidas tanto a nível nacional como internacional.
