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São 12 protótipos de sapatos, botas e sapatilhas, todos desenhados a pensar nas necessidades das pessoas com paralisia cerebral mas sem esquecer a vertente estética, e que estarão expostos no Centro de Reabilitação da APCC até 30 de janeiro do próximo ano.

Na inauguração da exposição ‘Rita.Red.Shoes cerebralpalsy.designproject’, que teve lugar no Dia Internacional das Pessoas com Deficiência (3 de dezembro), foi explicado qual o desafio feito aos alunos do Mestrado em Design Industrial e de Produto da Universidade do Porto: «Desenhem sapatos que vocês próprios gostassem de usar». A revelação partiu de Cristina Soutinho, fisioterapeuta da APCC, que sublinhou ainda que o calçado é sempre uma questão muito pertinente para quem lida com a paralisia cerebral.

No início do ano, as Faculdades de Engenharia e de Belas Artes da Universidade do Porto, com o apoio da APCC e outros parceiros, lançaram uma iniciativa para o desenvolvimento projetual de calçado para pessoas com paralisia cerebral.

São os resultados deste projeto que são mostrados na exposição ‘Rita.Red.Shoes cerebralpalsy.designproject’, entre os dias 3 de dezembro de 2015 e 30 de janeiro de 2016. Em exibição estão os modelos criados pelos alunos do Mestrado em Design Industrial e de Produto das referidas faculdades, ao longo do segundo semestre do ano letivo passado.

A época desportiva 2015/2016 de natação adaptada já teve início e a APCC esteve presente no 1.º Campeonato Zonal de Inverno – Zona Norte com oito atletas: Bárbara Gomes, Ruben Santos, Joel Pereira, Ricardo Fonseca, José Costa, Rui Boaventura, Francisco Vicente e Tomás Almeida.

Os destaques foram os primeiros lugares de José Costa (nos 50 metros livres da categoria S5 e nos 100 metros bruços da categoria S4) e de Joel Pereira (nos 100 metros costas da categoria S21) – Bárbara Gomes nos 200 metros bruços S21 e a equipa da APCC nos 4X50 metros estilos foram os únicos concorrentes em competição naquelas provas – mas houve mais pódios, bons tempos e, sobretudo, muito empenho de todos e muita vontade de continuar a trabalhar para melhorar.

«Ficamos com o coração tão cheio que quando os deixamos só queremos ir a correr contar aos nossos entes queridos o pormenor de tudo o que se passou. Acabamos por relatar banalidades que não surtem o efeito que queremos, não traduzem minimamente os momentos que passamos. São inúmeras as vezes em que nos apercebemos que não é aquilo que é reproduzível em palavras que faz a diferença, mas sim o que sentimos. E isso fica para nós, é impossível descrever.

Neste sentido surgiu o projeto “Um Olhar Menos Objetivo Sobre a Paralisia Cerebral”. No fundo, não passa de uma ‘pequenina janela’ criada para colmatar a impotência das nossas palavras, ao longo deste último ano».

Já se sabe: no Natal, aumenta o número de brinquedos lá em casa e é preciso encontrar espaço para os novos. Mas não se esqueça de que, se tiver brinquedos que já não estão em condições de serem usados, não precisa de os deitar para o lixo e até pode ajudar a bater um recorde.

A APCC mantém a campanha de recolha de brinquedos estragados ou incompletos, para serem usados na construção da maior escultura brinquedo do mundo. O ponto de recolha é no Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral, na Rua Garcia de Horta – Vale das Flores.