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Novo relatório do Programa de Vigilância da Paralisia Cerebral foi mote para reflexão de técnicos da APCC

O mais recente relatório trienal do Programa de Vigilância Nacional da Paralisia Cerebral, que havia sido apresentado publicamente a 21 de março, foi o tema do último Encontro Técnico que juntou profissionais de várias áreas do Centro de Reabilitação. Foi na passada sexta-feira (8 de abril), com Alexandra Cabral – neuropediatra na APCC e notificadora do Programa – a apresentar uma explicação detalhada das principais conclusões daquele documento, suscitando a troca de ideias entre os presentes.

Assim, foram abordadas matérias como a evolução dos fatores associados ao risco de paralisia cerebral (com enfoque na prematuridade, na gemelaridade e na idade materna avançada) ou o aumento do número de crianças com paralisia cerebral não nascidas em Portugal mas residentes no país (e os seus fatores diferenciadores). Foi ainda prestada particular atenção à amostra de adolescentes com paralisia cerebral.

Entre as várias questões levantadas, parte substancial do tempo disponível foi dedicado a discutir o aumento dos fatores de risco na população em geral e como essa tendência pode levar a um crescimento dos casos de paralisia cerebral – atualmente, a incidência é de 1,6 por cada mil nascimentos – e as implicações daí resultantes. Neste contexto, foi conclusão generalizada que é indispensável informar e investir na promoção de comportamentos responsáveis em matéria de saúde.

A APCC colabora com o Programa de Vigilância Nacional da Paralisia Cerebral envolvendo profissionais de áreas distintas (médicos, terapeutas, enfermeiros, psicólogos e outros técnicos que trabalham com os utentes) na recolha de dados que permitem conhecer as características e necessidades das pessoas com paralisia cerebral. Uma rede de notificadores é depois responsável por recolher, tratar e divulgar a informação presente em cada relatório.

O Programa de Vigilância Nacional da Paralisia Cerebral tem a finalidade de obter indicadores que forneçam evidência científica robusta que contribua para uma melhor satisfação das necessidades de saúde, educação e apoio social, identificar oportunidades de prevenção e dar visibilidade e voz às pessoas que vivem com paralisia cerebral. O quinto relatório — que pode ser consultado em https://bit.ly/PVNPC-5 — contou com a notificação de 2216 crianças nascidas entre 2001 e 2012.