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Vida independente: estudo de impacto sobre CAVI da APCC motivou troca de ideias entre destinatários, colaboradores e investigadoras

Depois de ter sido apresentado pela primeira vez durante o Seminário Internacional “Desafios à Participação”, organizado pela APCC em maio deste ano para fazer um balanço de três anos de assistência pessoal na instituição, o estudo de impacto sobre o Centro de Apoio à Vida Independente (CAVI) foi o pretexto para uma discussão que juntou, no final da passada semana, colaboradores da Associação, destinatários e elementos da academia, no Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral.

Sílvia Portugal, coordenadora do estudo, e Vitória Lourenço (ambas do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra) tiveram a oportunidade de enquadrar o trabalho desenvolvido e resumir as principais conclusões, sublinhando que a avaliação feita pelos destinatários foi globalmente positiva. Já na subsequente conversa com os participantes, foi sobretudo o futuro que ocupou a maior parte do tempo, numa interessante troca de ideias a partir de pontos de observação muito distintos.

Assim, acabaram por ser abordadas e discutidas várias das conclusões apontadas no estudo de impacto, algumas diretamente relacionadas com o MAVI – Modelo de Apoio à Vida Independente, o projeto-piloto nacional que começou por enquadrar o funcionamento de todos os CAVI em Portugal, e outras de índole mais conceptual, como a necessidade de distinguir vida independente e assistência pessoal, ou a articulação desta com respostas sociais já consolidadas e com outros apoios.

O Relatório Final do Estudo de Impacto do CAVI da APCC, que inclui ainda um conjunto de recomendações, de âmbito mais alargado, para que o MAVI possa ser convertido numa política pública efetivamente promotora de uma cidadania plena para as pessoas com deficiência, pode ser consultado no site da Associação, em www.apc-coimbra.org.pt/?page_id=9676.

O CAVI tem contribuído para uma mudança significativa no modo de vida das 19 pessoas com deficiência já apoiadas: desde junho de 2019 que um grupo de assistentes pessoais as acompanha na realização de atividades em domínios como a higiene, alimentação, deslocações, mediação de comunicação, contexto laboral, frequência de aulas, cultura, lazer ou cidadania, entre outros.

Os seus objetivos passam por garantir condições de acesso ao pleno desenvolvimento da autonomia e do exercício da cidadania, bem como à participação cívica e política. Nesse contexto, é responsável pela disponibilização de assistência pessoal a pessoas com deficiência ou incapacidade para a realização de atividades de vida diária e de mediação em contextos diversos que, em razão das limitações decorrentes da sua interação com as condições do meio, estas não possam realizar por si próprias.