Paulo Jacob, professor de música e musicoterapeuta da APCC, foi um dos participantes do Simpósio Internacional “Música, Saúde e Bem-Estar”, realizado no dia 28 de maio e destinado a partilhar e debater as melhores práticas prosseguidas neste âmbito, tendo juntado profissionais de Portugal e do Reino Unido. Em análise estiveram temas ligados às áreas da musicoterapia, da educação musical para pessoas com necessidades especiais, da medicina musical e da música e bem-estar.
O coordenador do Departamento de Música da APCC levou à discussão a experiência das intervenções realizadas nesse âmbito pela instituição, que se concretizam a três níveis com fins diferentes, mas que se aproximam: a musicoterapia (música como mediação terapêutica), a educação musical adaptada (ensino adaptado para pessoas com necessidades especiais) e a expressão musical adaptada (integração num processo de criação, partindo da valorização dos recursos individuais).
Em particular, abordou a questão do uso da tecnologia no trabalho com pessoas com paralisia cerebral, a partir da identificação de diferentes recursos de software e hardware, e consequente utilização nesse contexto, e das possibilidades performativas e criativas que os mesmos podem abrir.
Paulo Jacob é profissional da APCC há mais de 16 anos, tendo assumido a responsabilidade pelo grupo pop/rock 5ª Punkada, com uma longa história de concertos em Portugal e no estrangeiro, e promovido a criação da orquestra de samples Ligados às Máquinas, a primeira do seu género em todo o mundo. Na Associação, dinamiza ainda workshops de música inclusiva no âmbito das atividades da Quinta Pedagógica.
O Simpósio Internacional “Música, Saúde e Bem-Estar” decorreu no âmbito do Festival de Música de Setúbal e acolheu intervenções de especialistas de entidades de referência na área da intervenção musical, como a Casa da Música, a Universidade Lusíada, a Goldsmiths University ou a Nordoff Robbins Music Therapy. Do programa fizeram parte temas como crianças e adolescentes com problemas comportamentais, apoio na reabilitação de um AVC ou refugiados, requerentes de asilo e vítimas de tortura, entre outros.
O Departamento de Música da APCC desenvolve atividades que envolvem os utentes da instituição, mas também, por diversas vezes, a comunidade. É no âmbito da sua ação que são dinamizados grupos musicais que percorrem diversos estilos, da música experimental ao pop/rock ou à música tradicional portuguesa. Pode saber mais em www.apc-coimbra.org.pt/?page_id=163.
