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Sobre como, no âmbito de um estágio em Serviço Social, se apontou a lente da mudança à Quinta da Conraria

É habitual a APCC acolher estagiários nas suas atividades, aproximando a academia da realidade no terreno ao permitir aplicar na prática as aprendizagens teóricas, mas também mantendo a instituição por dentro das novidades resultantes da produção de conhecimento em diversas áreas. Com a Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, por exemplo, essa é uma relação mantida de forma regular, que permite momentos de grande importância e relevância.

Foi o caso daquele que ontem aconteceu na Quinta da Conraria, com responsáveis da APCC e da Universidade de Coimbra (o presidente Carlos Condesso e outros membros da Direção, no primeiro caso, e a docente Sónia Guadalupe, no segundo), técnicos da Associação e estudantes a juntaram-se para refletir sobre os resultados de uma atividade realizada no âmbito de um estágio na área de Serviço Social e que envolveu os utentes do CACI – Centro de Atividades e Capacitação para a Inclusão e do CAARPD – Centro de Atendimento, Acompanhamento e Reabilitação Social para Pessoas com Deficiência.

“A Lente da Mudança”, assim se denominou essa atividade, promovida pela estagiária Catarina Gaspar com a orientação da assistente social Élia Cruz Costa, partiu de duas perguntas simples, feitas a 41 utentes: O que mais gostam na Quinta da Conraria? E o que gostariam de ver mudado? As respostas foram depois obtidas através da metodologia Photovoice, que utiliza a fotografia como meio de capacitar indivíduos a contar as suas próprias histórias e a expressar suas perspetivas sobre questões importantes nas suas comunidades.

Foram essas fotografias que pontuaram o percurso ontem percorrido, abarcando vários locais da Quinta, em cada um sendo exibidas as correspondentes imagens e frases – que incluíam ideias tão distintas como «Gosto de olhar para a paisagem», «Gosto muito dos cavalos porque são muito grandes e muito bonitos», «Gosto muito dos meus amigos e de estar com eles» ou «Gostava que o chão fosse mais direito por causa da cadeira de rodas». E assim, foram muitos os apontamentos tirados a olhar para projetos em perspetiva e para o futuro da APCC.

O CACI e o CAARPD são duas das respostas sociais da APCC: o primeiro promove a autonomia, a vida independente e a valorização pessoal, enquanto o segundo apoia pessoas que, transitória ou definitivamente, se encontram impossibilitadas de frequentar outro tipo de estruturas.