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Depois de participarem em curso europeu para combater estereótipos, utentes e colaboradores da APCC partilharam o quanto aprenderam e mudaram

170206_APCC_BreakingStereotypes-balanco_thumbO que se pode aprender – sobre si mesmo, sobre os outros e sobre o mundo – quando 30 jovens de seis países europeus se reúnem durante uma semana para desmistificar e derrubar estereótipos? Foi a resposta a esta pergunta que, na passada sexta-feira (3 de fevereiro), se procurou numa sessão que juntou colaboradores e utentes da APCC, no Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral.

No centro das atenções estiveram quatro jovens ligados à Associação (Diogo Sacramento, Miguel Moço, Rui Pata e Susana Matias) e a professora de expressão plástica Suzete Azevedo, que, em novembro do ano passado, participaram no projeto “Breaking Stereotypes”, que decorreu em Budapeste (Hungria) e que teve como principal objetivo criar uma comunidade permanentemente empenhada no combate aos estereótipos.

Os ‘representantes’ da APCC falaram dos seus ganhos pessoais, como uma maior confiança ou uma melhor compreensão do seu lugar na sociedade, mas sobretudo da troca de experiências com os restantes participantes, que lhes permitiu conhecer não só outras formas de encarar a deficiência, mas também questionar algumas verdades antes tidas por absolutas.

E quanto ao desejado empoderamento, que lhes permita tornar as suas necessidades reais percetíveis para as comunidades em que se inserem, nomeadamente organizando as suas próprias iniciativas, mostraram-se cientes das mudanças necessárias, embora reconhecendo existir ainda um caminho individual para fazer até àquele objetivo.

O curso “Breaking Stereotypes” decorreu entre os dias 17 e 25 de novembro de 2016 e envolveu participantes de seis países europeus: Portugal, Hungria, Bélgica, Itália, Polónia e Roménia. Foram abordados temas como o autoconhecimento, a pró-atividade, a independência ou o voluntariado. Foi organizado pela associação húngara EgyüttHató Egyesület, com financiamento do Erasmus +.

É, de resto, também no âmbito deste programa europeu que a APCC desenvolve projetos como o “Holding Hands With Other Abilities”, que trouxe já até à instituição mais de três dezenas de voluntários entre os 17 e os 30 anos, ou o “REVADIS”, que pretende melhorar a oferta na área do reconhecimento profissional das competências adquiridas por pessoas com deficiência.

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