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O Estado da Arte reuniu extraordinariamente na APCC… mas houve alguma utilidade nisso?

A primeira-ministra e a ministra da Inutilidade decretaram a realização da magna reunião, à qual compareceram os ministros e ministras Poética, da Felicidade, do Défice de Atenção, do Riso Permanente, do Nada Para Dizer, da Arte Biológica, da Criatividade, da Limpeza Burocrática, do Sim e do Não (embora, neste caso, altamente contrariada). Quem também não faltou foram os Artistas, que formaram o colégio eleitoral de uma importantíssima Reunião Extraordinária do Estado da Arte.

Foi ontem, em plenas instalações da APCC na Quinta da Conraria, e da ordem de trabalhos não constava nenhum ponto útil. Foi por isso que se votou inutilmente para a eleger a Arte Inutilmente Suprema de entre um conjunto de opções que incluía a arte de encolher os ombros, a arte de saber comunicar, a arte de ir com a maré, a arte de se fazer ouvir, a arte de esperar sentado, a arte de não fazer nada, a arte de saber comunicar e a arte pela arte.

Pode ser inútil revelar que a escolha recaiu sobre a arte de esperar sentado, mas não mais do que a inutilidade do Momento Inútil que abriu a sessão ou do que a leitura do Manifesto da Inutilidade com que os presentes se comprometeram. Também deve ser de pouca utilidade explicar que a reunião só terminou depois de um delicioso lanche, até porque toda a gente sabe que se algo de útil existe na política é permitir que se ande de barriga cheia…

Mas afinal, qual a utilidade dos três parágrafos anteriores? Eles relatam a forma como a APCC assinalou o Dia Mundial do Teatro: uma dinâmica em que participaram os dois grupos de teatro da Associação – Projeto Estúdio, da responsabilidade da professora Adriana Campos, e Sala T, liderado pela professora Mariana Nunes – e colaboradores de diferentes serviços.

Foi uma sessão de role play (uma forma de jogo onde é possível encarnar uma personagem) que, de forma divertida e descontraída, pôs todos a pensar sobre uma das mensagens escolhidas para aquela efeméride em 2018: «Mais do que a literatura, mais do que o cinema, o teatro – que exige a presença de seres humanos diante de outros seres humanos – é maravilhosamente adequado à tarefa de nos salvar de nos tornarmos algoritmos. Abstrações puras».

O teatro é uma das várias áreas artísticas que constituem uma parte importante da ação da APCC enquanto promotora da inclusão social. Diariamente, os utentes participam em atividades nas áreas da expressão plástica, expressão musical e expressão dramática, tanto internas como externas. Pode saber mais na página do Centro de Atividades Ocupacionais.