Voluntariado

Não é novidade para ninguém que 2015 foi o ano em que a APCC celebrou os seus 40 anos, mas o que talvez nem todos saibam é que os votos de parabéns chegaram um pouco de todo o lado. Mas mesmo um pouco de todo lado! De Espanha, da Alemanha, da Turquia, de França, da Bélgica, da Áustria, de Itália, de Inglaterra, da Croácia, da República Checa, da Hungria, da Turquia, do Luxemburgo… Até da Indonésia e da Nova Zelândia!

Foi este o presente enviado por diversos parceiros europeus da APCC na área do voluntariado e por muitos voluntários e ex-voluntários, que assim ‘fintaram’ a distância e celebraram também connosco estas quatro décadas.

A ini...

APCC é afeto, é delícia, é descoberta, é compreensão, é paciência, é vida, é casa, é coragem, é movimento, é integração, é metamorfose, é partilha, é cooperação, é diferença, é criatividade, é desafio, é inspiração, é equipa, é qualidade, é caminhada, é altruísmo, é liberdade, é suporte, é sustentabilidade, é rede, é confiança, é comunicação, é vivências, é sabedoria.

APCC é acreditar, é explorar, é brincar, é cuidar, é aprender, é jardinar. APCC é a resposta. APCC é única, é intercultural. APCC é de todos. APCC somos nós.

Em 2015, ano em que a APCC celebra 40 anos, o “Chá das Seis” foi dedicado aos pioneiros (e protagonizado por eles): os primeiros utentes, a primeira direção, os primeiros técnicos, os primeiros professores. E ontem, Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, o ciclo foi fechado com os primeiros pais.

Luísa Cruz e Silvano Lemos, dois dos ‘pais fundadores’ da APCC, foram os convidados do último “Chá das Seis” deste ano. Foi a altura de voltar a recordar os primeiros dias da Associação, antes até do seu nascimento enquanto Núcleo Regional do Centro da Associação Portuguesa de Paralisia Cerebral.

«Ficamos com o coração tão cheio que quando os deixamos só queremos ir a correr contar aos nossos entes queridos o pormenor de tudo o que se passou. Acabamos por relatar banalidades que não surtem o efeito que queremos, não traduzem minimamente os momentos que passamos. São inúmeras as vezes em que nos apercebemos que não é aquilo que é reproduzível em palavras que faz a diferença, mas sim o que sentimos. E isso fica para nós, é impossível descrever.

Neste sentido surgiu o projeto “Um Olhar Menos Objetivo Sobre a Paralisia Cerebral”. No fundo, não passa de uma ‘pequenina janela’ criada para colmatar a impotência das nossas palavras, ao longo deste último ano».

Ontem voltou a haver “Chá das Seis” no Centro de Reabilitação, desta vez para escutar Luís Borges, neuropediatra e presidente da Assembleia Geral da APCC, e António Teixeira, primeiro (e atual!) técnico de contas da Associação. As histórias – e os documentos da história – da APCC foram muitas e o interesse em conhecê-las na voz de quem as viveu na primeira pessoa foi grande.

Como já vem sendo hábito nestes encontros organizados pelo Gabinete de Voluntariado, os presentes puderam ‘entrar’ numa espécie de máquina do tempo, programar as coordenadas para 1975 e depois cumprir uma jornada com muitas escalas até chegar aos dias de hoje: a jornada da própria APCC.