Numa harmonia de sabores, o mais recente Almoço Temático da Formação Profissional da APCC, que se realizou ontem, transportou os comensais para uma experiência onde cada prato foi uma coreografia de sensações e cada garfada uma dança no paladar. Porque a dança foi mesmo o tema escolhido e, com uma paleta de sabores tão variada quanto os passos de um bailado, assim se transformou a mesa num verdadeiro palco de deliciosas performances culinárias.

A Sala do Redondo da Quinta da Conraria teve, assim, a solenidade do Teatro Scala de Milão ou da Royal Opera House de Londres em noite de estreia, enquanto se sucederam as diversas ‘atuações’ constantes do programa (leia-se ementa), todas ‘coreografadas’ pelas formandas do grupo de formação inicial de Auxiliar de Cozinheiro(a), sob a orientação da formadora Eugénia Luís: pão de queijo e muffins de chouriço como entradas, creme de couve-flor, bacalhau com natas e, para sobremesa, pavlova e fruta laminada.

Composições ricas e imersivas. Explosões de luz entre riscos carregados. Ilustrações leves e com personalidade forte. Criatividade em ambientes fantásticos. Traços intensos e linhas contorcidas. Formas circulares que se transformam. Exageros cromáticos que geram equilíbrio. Dimensões que transportam surpresa e reconhecimento. Tudo isto para ver na Exposição de Artes Plásticas da APCC, que vai estar patente no CoimbraShopping (no espaço Cultura no Centro), entre os dias 3 e 23 de maio.

Falamos de obras de pintura e escultura, da autoria de cerca de duas dezenas de artistas que desenvolvem a sua atividade criativa na Associação e que representam outras tantas leituras do mundo e identidades artísticas. Trata-se de um corpo de trabalho onde se cruzam diversas correntes da História da Arte, ora como inspiração direta, ora como provocação, e em que o público é convidado a deixar ideias pré-concebidas à porta e apreciar cada peça pelo que ela é.

Foi a ‘jogar em casa’ que a Ana Laura Ferreira se apresentou para disputar o Campeonato Nacional Individual Jovem de Boccia, no passado fim de semana, dado que aquela prova foi disputada em Miranda do Corvo. Com uma claque reforçada, a jogadora da APCC – que compete na classe BC3 – enfrentou outras grandes esperanças da modalidade em Portugal, tendo terminado a competição no 5.º lugar. Foi, como é habitual neste tipo de competição, uma excelente oportunidade para crescer enquanto atleta de alta competição.

A Ana Laura tem 17 anos e é presença habitual nos estágios de preparação para jovens da Seleção Nacional de boccia, tendo sido convocada para o primeiro Campeonato do Mundo de Jovens de sempre, que teve lugar no ano passado. Além do staff do Departamento de Educação Física e Desporto, é também acompanhada pelo pai, Fernando Ferreira, que é o seu habitual parceiro de competição – um dos muitos exemplos da importância do envolvimento das famílias na prática desportiva no âmbito da Associação.

É sempre uma competição especial para os nadadores da APCC: no Torneio Shigeo Tsukagoshi, têm a oportunidade de participar numa prova de natação pura, convivendo com atletas de todo o país, o que lhes permite ser uma espécie de ‘altos representantes’ da natação adaptada. Na mais recente edição, realizada no passado sábado, foi isso que aconteceu de novo, além, é claro, de ter sido também uma ocasião para a Bárbara Gomes, a Carolina Lourenço, o Joel Pereira, a Matilde Gaspar e o Ruben Santos testarem novamente os seus limites.

O maior destaque vai para um recorde nacional batido, com a Matilde a estabelecer uma nova melhor marca nos 50 metros livres (tem agora seis recordes de Portugal na sua posse). Mas não podemos deixar de fazer ainda uma referência particular ao ‘regresso’ do Ruben, que voltou a competir numa prova oficial depois de uma paragem forçada, o que foi um motivo especial de alegria para toda a equipa do Departamento de Educação Física e Desporto.

As fake news, o cyberbullying, a proteção de dados, o discurso de ódio e a utilização das redes sociais foram alguns dos temas abordados na sessão “Navega(s) em segurança?” que, no final da passada semana, levou utentes do Centro de Atividades e Capacitação para a Inclusão (CACI) e do Centro de Atendimento, Acompanhamento e Reabilitação Social para Pessoas com Deficiência (CAARPD) da APCC a refletir sobre como podem colocar em prática uma cultura de presença e navegação seguras no mundo digital.

O encontro foi dinamizado por Paula Candeias e a voluntária Beatriz Pereira, do IPDJ – Instituto Português do Desporto e Juventude, tendo permitido enquadrar as próprias experiências pessoais dos utentes naquela temática. Particularmente importante foi também a possibilidade de abordar formas de proteção, desde os cuidados a ter com senhas e configurações de segurança, à importância de guardar provas e falar com as autoridades nos casos em que isso se justifique, por exemplo.

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