O João reencontrou a Luísa, tal como o Fausto, o Pedro ou o Carlos. A Teresa não reconheceu alguns dos que a ela se dirigiram pelo nome, pois já não os via desde crianças. No meio das caras novas, o Mário reviu muitas outras que sempre fizeram parte da sua vida. E até o Miguel se reuniu aos outros membros da sua banda. O Dia Aberto da APCC foi, está bom de ver, um momento para reencontros, mas também foram muitos os que se deslocaram ao Centro de Reabilitação para conhecer a Associação e o seu trabalho.

E assim, no Dia Nacional da Paralisia Cerebral (que se assinalada anualmente a 20 de outubro), assistiu-se a uma emocionante partilha entre utentes – atuais e antigos –, familiares, trabalhadores – também neste caso com alguns ‘regressos’ –, voluntários, parceiros e amigos, mas em que participaram ainda grupos vindos de outras instituições ou de escolas – do jardim de infância ao ensino superior – e demais pessoas que quiseram demonstrar a sua disponibilidade para fazer com a APCC o caminho para uma sociedade aberta e inclusiva, com mais oportunidades e igualdade efetiva.

Nem tudo na atividade do Departamento de Educação Física e Desporto são provas, treinos ou aulas… Na passada semana, por exemplo, uma ‘comitiva’ da APCC esteve no Agrupamento de Escolas de Ansião para uma demonstração de boccia e tricicleta, que permitiu a alguns estudantes daquele estabelecimento de ensino tomar contacto com duas das modalidades de desporto adaptado que mais medalhas conquistaram para Portugal.

E quem melhor para mostrar como se faz do que os atletas António Marques, que tem no currículo 21 medalhas em grandes competições internacionais de boccia, entre as quais sete em Jogos Paralímpicos, e Sandra Semedo, que já alcançou 12 medalhas em provas continentais e intercontinentais? Ainda para mais, com eles estiveram os treinadores Emílio Conceição, ele próprio com cinco participações em Jogos Paralímpicos, e Ana Nunes, atual selecionadora nacional de tricicleta.

Esta ...

Dia 20 de outubro é o Dia Nacional da Paralisia Cerebral e vai ser também um dia de portas abertas no Centro de Reabilitação da APCC, com profissionais, utentes e voluntários disponíveis para dar a conhecer os diferentes serviços da Associação. Trata-se de uma iniciativa dirigida a toda a comunidade: famílias, escolas, instituições, parceiros e todas as pessoas que pretendam ficar por dentro do trabalho da instituição na habilitação e integração plena da pessoa com deficiência e incapacidades e outras em situação de desvantagem.

O Dia Aberto da APCC terá início pelas 10H00, com as boas-vindas aos primeiros visitantes, e prolongar-se-á até às 18H30. Ao longo de todo esse período, será possível estar envolvido na dinâmica habitual das áreas que funcionam no próprio Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral, mas também saber mais sobre as que são desenvolvidas na Quinta da Conraria e nas unidades residenciais.

Na Formação Profissional da APCC, há sempre algo importante a acontecer para lá das aulas dos diferentes cursos. Um bom exemplo disso foi o que aconteceu no início desta semana, quando a celebração do Dia Mundial da Saúde Mental (10 de outubro) serviu de mote para a atividade “(Re)Pensar a Saúde Mental”, observando uma espécie de lema que nunca deve ser esquecido: cuidar da nossa saúde mental é cuidar da nossa vida.

Assim, todos os formandos foram convidados a escrever o que era para si a saúde mental, colocando as suas reflexões num placar em local bem visível da instituição. Além disso, realizou-se uma sessão em que um grupo de formandas refletiu sobre o que é afinal a saúde mental e psicológica e o que podemos fazer no nosso quotidiano para cuidarmos dela e, dessa forma, cuidarmos também de nós mesmos.

Seria possível celebrar os Erasmus Days sem a participação dos nossos voluntários europeus? Talvez, mas definitivamente não seria a mesma coisa! Afinal, foram muitos os jovens de diferentes pontos da Europa que recebemos na APCC ou voluntários portugueses que enviámos para o estrangeiro no âmbito do Serviço Voluntário Europeu, incluído no programa Erasmus+, e mesmo hoje, com esta dinâmica a ser enquadrada pelo Corpo Europeu de Solidariedade promovido pela Comissão Europeia, continuam bem presentes os valores europeus e as ideias de inclusão e multiculturalidade.

Portanto, esta teria sempre de ser uma celebração cheia de alegria. E cor! E foi assim que o Ali Yildirimçakar, a Ida Vogel e a Lucie Jolivet se juntaram hoje aos utentes da Sala do Redondo do CACI – Centro de Atividades e Capacitação para a Inclusão para uma atividade a que chamámos “As cores da inclusão”!