Música clássica, fado de Coimbra e solidariedade. É esta a proposta do Concerto Solidário que irá juntar o Orfeon Académico de Coimbra, o grupo coral Advocal e o Maio – Grupo de Fado de Coimbra e que terá lugar no dia 1 de maio, a partir das 21H30, na Igreja de São José. A iniciativa é do Carro de Medicina da Queima das Fitas 2019 – Jurassic CHUC e, além da promessa de uma noite repleta de boa música, terá também um objetivo altruísta, uma vez que 40% da receita reverterá para a APCC.

Assim, ao adquirir o seu bilhete para este espetáculo, estará a dar um contributo direto ao trabalho quotidiano da Associação com mais de 3000 utentes e respetivas famílias. Com mais de 40 anos de provas dadas, a APCC é uma referência nacional e internacional na inclusão, integração e autodeterminação, cumprindo dessa forma a sua missão de promover a inclusão social de pessoas em situação de desvantagem, com especial incidência nas portadoras de deficiência e incapacidades.

Pode ...

Os Ligados às Máquinas, a orquestra de samples da APCC, vão subir ao palco para celebrar a liberdade, no próximo dia 27 de abril. Vai ser em Cantanhede, no Salão dos Bombeiros Voluntários, numa atuação integrada no espetáculo “Inclui(-te) pela Música”, que se realiza no âmbito das “Jornadas pela Inclusão” levadas a cabo pelo município local. A entrada é livre e o concerto terá início pelas 21H30.

Esta iniciativa enquadra-se ainda nas comemorações do 25 de Abril organizadas pela Câmara Municipal de Cantanhede, cujo programa inclui várias atividades – nos campos da música, do teatro, da fotografia, do desporto ou dos direitos das pessoas com deficiência – destinadas a sensibilizar os cidadãos relativamente à importância da existência de fatores inclusivos e da eliminação de obstáculos para pessoas que com algum tipo de limitação.

Desde 2015, foram já vários os estudantes da Universidade Eötvös Lorand, da Hungria, que realizaram estágios de trabalho na APCC. A colaboração entre as duas instituições tem sido estreita e com benefícios mútuos, extensivos aos alunos participantes, pelo que foram muito positivos os sinais recolhidos pela diretora do Instituto de Necessidades Educativas Especiais para Pessoas com Comportamento e Cognição Atípicos daquele estabelecimento de ensino superior, numa visita à Associação.

Durante a sua estadia em Coimbra, na passada semana, Anita Virányi ficou a conhecer várias valências da APCC – esteve no Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral e na Quinta da Conraria – mas pôde também acompanhar durante algum tempo a aluna Orsolya Szövenyi-Lux, atualmente a realizar um estágio de 12 semanas na Associação, dirigido para as áreas da pedagogia e do trabalho com crianças com paralisia cerebral.

Em 2017 e 2018, o André Vitorino, o Bernardo Vieira, o Diogo Sacramento e o Ivo Rodrigues foram os protagonistas portugueses do projeto “Here We Are”, desenvolvido em parceria pela APCC e a organização húngara EgyüttHató Egyesület. E há boas notícias: acabamos de ganhar um Prémio Eurodesk, que destaca as iniciativas mais inovadoras e com maior impacto levadas a cabo por organizações que trabalham na área da juventude na Europa!

A edição de 2019 deste galardão teve cerca de meia centena de concorrentes, originários de 17 países da União Europeia, tendo o júri distinguido o projeto “Here We Are” na categoria de Ações de Solidariedade, pelo alcance das ações realizadas e pela capacidade para estabelecer pontes com outras entidades e serviços, tanto em Portugal como na Hungria.

Quando o escritor Afonso Cruz publicou “Vamos Comprar um Poeta”, ninguém terá imaginado que esse livro sobre um mundo em que tudo se resume a números e tudo é mensurável viesse a dar origem, três anos depois, a um ateliê em que se discutiram coisas tão inutilistas como o que aconteceria de houvesse uma greve do teatro. E, no entanto, foi precisamente isso que aconteceu ontem, no Pólo 2 da Escola Superior de Educação.

Mas não comecemos pelo fim. Primeiro, houve o espetáculo “Vamos Comprar um Poeta”, que a atriz e professora de teatro da APCC Adriana Campos levou a diversas bibliotecas escolares e municipais da região Centro e a centenas de alunos do 3º ciclo do ensino básico, ao longo de 2018 e 2019. Como companheiras nesta viagem, teve a menina que saiu das páginas da obra de Afonso Cruz para concretizar esse desejo de adquirir um exemplar dessa gama específica de escritores e a convicção de que a poesia transforma as nossas vidas.